O legislador vagabundo adora CPIs.

Parlamentares não estão habilitados para investigar e julgar quem quer ou o que quer que seja só porque foram eleitos. O voto não transforma ninguém em advogado, investigador, ou juiz; não capacita quem quer que seja para o exercício das obrigações que competem ao Judiciário. Sobretudo quando se pode até estar envolvido na questão que se coloca sob julgamento.
CPIs são circos armados para que políticos incompetentes, vagabundos, incapazes de exercer a função para a qual foram eleitos brinquem de "autoridade" e se travistam de investigadores, juízes, xerifes, e, vaidosos, banquem atores. CPIs são palcos para promoção dos desocupados irresponsáveis que descuidam de sua obrigação constitucional: legislar em nome do povo.
O legislador não tem de investigar nem julgar seus pares ou quem quer que seja, ele tem de propôr, analisar e votar leis. Para a investigação e o julgamento existe outro poder, independente, competente: o Judiciário.O povo - tivesse consciência, não fosse tão ignorante e alheio ao processo político - não apoiaria CPIs. Havendo denúncias, fossem encaminhadas à polícia, à Justiça, não aos próprios parlamentares, pares de quem cometeu os supostos ardis, iguais a eles, fraternos corporativistas. Mas o povo não cabeça, logo, não tem consciência. Nem os formadores de opinião a têm.
Aliás, desde que a imprensa transformou CPIs em espetáculos rentáveis, que vendem jornais e revistas, que aumentam a audiência, seus "profissionais" se entregaram como prostitutas panfletárias à divulgação das tais comissões, num exercício lucrativo de antidemocracia e fofoca.
Brasil: terra de gado ou de drogados. Onde haveria três poderes, há três fracassos.
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