domingo, julho 02, 2006

Um gol da França. Reviva o Brasil.

Putz...

Foi mal.Brasileiro convive numa boa com a mediocridade, quando leva sorte. Até se engana, pensando que é superior, mas, no fundo... sente medo. Taí o gol da França pra demonstrar isso, esse medo, essa coisa constantemente mal disfarçada, mordendo os calcanhares.

Ganhar com gol de chifre, sem ninguém pra defender a bola, ou num impedimento indisfarçável, a gente aceita e comemora - um erro, pois sempre há uma França no caminho.

Um dia chega a dor de ver o adversário em posição de superioridade e levanta as tampas de todos os medos; entre eles, o pavor de que descubram o que todos sabem: o time não é tão bom, mas vencia.

Aos que realmente gostam de futebol (que não é o meu caso), desejo, claro, enquanto o jogo ainda não terminou, toda sorte. Que o jogo vire. Mais: sejam felizes, virando o jogo ou não. E, atenção: o Brasil não precisa só de torcida.

Update: Voltar, arrumar a casa. Ah, que Zidane! Dizem que o Brasil perdeu porque faltou gana. E foi isso mesmo: como faltou Gana, entrou a França no lugar e a Seleção brasileira não deu conta. É provável que o time dos bonecos de Olinda fosse mais ágil em campo.

Essa urucubaca tem explicação: sexta-feira, os corinthianos torceram pela Argentina, e ninguém torce pela Argentina impunemente. O castigo veio a scargot: a moleza dos brasileiros foi tanta que os franceses, acostumados a comer lesmas, lambuzaram-se.

Hora de relaxar... A gente pelo menos esperou o jogo terminar pra relaxar. A seleção fez pior: relaxou lá dentro. Mas agora é fazer como dizem os franceses: bola pra frente - direto pro gol!

E o Lula ligou para o Parreira para agradecer; derrotada a Seleção, o Presidente tem uma boa desculpa para um porre.

Futebolística e tecnicamente, a derrota da Seleção logo num primeiro de julho equivale a começar o segundo tempo do ano de 2006 tomando um gol. Ou a gente fica esperto ou o placar aumenta pro adversário logo, logo.

Bem... A julgar pela nossa ginga política, preparemos os corações, porque esse campeonato nós vamos perder de lavada, outra vez.)