sexta-feira, junho 08, 2007

Eu era feliz e ninguém estava morto

Todo dia alguma coisa já faz anos; a não ser as que nasceram outro dia - muitas delas, nem bem natas, ficaram afogadas naquele pântano de preguiça e desilusão.
Vamos deixar tudo assim, como o vaso da dama-da-noite (Cestrum nocturnum) morta. Vamos plantar outra coisa nesse espaço. Todo dia aquele dia faz seu próprio aniversário. E todo dia se comemora um nome santo - menos o meu, que talvez seja pagão. Todo dia se celebra todo o Santo Abecedário, toda Santa Língua Morta, Santo Grito & Campanário, Santa Fresta & Santa Aresta, Santa Peça & Seu Cenário. Todo maldito santo dia, dias vãos se repetindo; todos se auto-entrelaçando, em infinitas relações, vão se se roçando, ano a ano.
Também hoje minha tristeza faz mais um aniversário.

PS: Pensando bem eu sou feliz, e muito feliz... É que as minhas minhocas pensantes ainda não assimilaram esse lúdico e talvez lúcido estado mental. rsrsrsrs.....