segunda-feira, julho 30, 2007

Escrevo duas linhas para dizer nada.

Escrevesse mais, menos ainda eu diria. O significado das coisas não está no escrever, mas na leitura. Dessa maneira, posso ficar calado e ainda guardar algum significado para quem vê. Toda palavra é um pote do qual cada criança tira seu biscoito imaginário, de olhos fechados, boca aberta, como quer.

Não se iluda.

Os outros não sabem quem você é, mas pensam que sabem e isto lhes basta. Ignorantes alimentam-se de ignorância e passam fome diante do conhecimento. Extermine os ignorantes do mundo: eduque-os.

Denúncia:

Tem gente deixando a vassoura em casa e comprando passagem aérea só pra piorar a crise. Se metade das bruxas voltassem a usar seu meio de transporte tradicional, alguns aeroportos ficariam às moscas.

Básico: galinha não voa, cisca.

Se, há uns meses, quando a crise aérea se fez anunciar, o cidadão brasileiro houvesse se organizado em classes e feito as exigências cabíveis para assegurar os seus direitos, não haveria como deter seu clamor, mas, cidadão brasileiro não se mexe - dizem até que é ficção - e esperou transformar-se em consumidor no olho cego de uma imensa confusão para começar a gritar, desnorteado. Cisca, galinha, cisca! O terreiro é seu, mas a minhoca você tem de encontrar sem um pio.

Nada justifica o desrespeito.

Eu sei. Mas a classe média paga mais caro para não ter de exigir respeito - e realmente acredita que isso basta. Eis a origem de todos os seus males. A cidadania não está no contracheque.

Vozes.

Prestamos atenção e nos apegamos ao que o outro e ao que nós mesmos dizemos; porém, há uma voz interior à qual normalmente não damos ouvidos. Quanto maior a brecha entre o que pensamos e o que dizemos, maior a dificuldade de entendimento, menor a credibilidade dos discursos e pior a convivência.

sexta-feira, julho 27, 2007

E assim falou Gandhi...

Assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.

quinta-feira, julho 26, 2007

Perder amigos

É algo incrível a facilidade como podemos perder um amigo. Os motivos são sempre diversos, mas, em última análise, tudo acaba por advir da importância relativa das coisas e das relações. Hoje podemos ter uma relação ótima com alguém e amanhã e entretanto as prioridades mudam e essa relação hoje ótima passa a razoável ou a nula.
Este tipo de percepção sempre me assusta terrivelmente. Não tanto pela perda em si. A perda é algo que dói, mas ainda assim não é para mim essa a parte do terrivelmente. A parte do terrivelmente é sem dúvida a necessidade de rever a intensidade da relação antes da alteração.
Será que a alteração ocorreria na mesma se a relação fosse outro, mais forte? Será que há pessoas para amizades a prazo? Será que somos nós que tendemos para as amizades a prazo?

sexta-feira, julho 13, 2007

"Tenham cuidado com os homens."

"Sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas."

(Mateus, 10,16-17)

quinta-feira, julho 12, 2007

Noite e Dia

Mas eu hei de ter muitas mulheres, o meu iate, o meu carrão
E vou querer tudo igualzinho como eles mostram na televisão
Eu compro um carro, uma casa, uma família, eu quero estabilidade
Mas taxas e juros e o que se vende no crediário desta cidade

Dia - oito horas trancado, Noite - sem grana pra sair
Dia - o corpo todo quebrado, Noite - acho melhor ir dormir

Viver sozinho nessa pocilga eu sei que e o maior perigo
Mas o meu bolso sempre vazio me mostra que eu não tenho amigo


Eu pego o expresso, eu pego o metro, fazendo a dança do sacolejo
E quando desço no fim de linha os home me dão bacolejo

Mandei fazer uma folhinha, ela só marca o dia primeiro
Assim eu tenho a impressão que ando sempre com dinheiro


Mas ao inferno com essa pobreza, vou me embriagar de vinho barato
O sistema e eu já nos acostumamos a brincar de gato e rato

Mandei fazer uma folhinha, ela só marca o dia primeiro
Assim eu tenho a impressão que ando sempre com dinheiro


Mas ao inferno com essa pobreza, vou me embriagar de vinho barato
O sistema e eu já nos acostumamos a brincar de gato e rato


By: Marcelo Nova / Karl Hummel

quinta-feira, julho 05, 2007

Quer um conselho?

Quando elegemos Senadores, Deputados e outros pilantras para o Legislativo, não queremos Conselhos, queremos que legislem. Simples assim. Porém, os safados saltam de escândalo em escândalo, de armação em armação, sem trabalhar, num esforço contínuo de auto-promoção diante das tevês públicas.

Sinceramente, ando meio enojado com isso. Ladrões de galinheiro arvorando-se conselheiros da Ética. Oh! Pilantragem! Há mais honestidade nos propósitos dos integrantes do elenco de um Big Brother Brasil do que nos desses Parlamentares lamentáveis que nos representam.

PS: Olha que eu detesto o BBB e a puta que o pariu!!!