Todos reclamam. Poucos se envolvem. Um se ferra. Nada se resolve.
- "Fazemos o quê?"
Nessa hora, os mais honestos calam-se; outros resmungam que estão ocupados; outros, não podem envolver-se; e, no fim, se houver quem realmente aceite brigar pela causa, quebra a cara, estropia-se, por falta de apoio, para a diversão secreta de todos os outros que o abandonaram.
O dito é muito velho, mas ainda faz sentido: "querem ver o circo pegar fogo". O grande divertimento, a grande emoção da maioria das pessoas é assistir ao triste espetáculo de um tolo que se atira a uma missão suicida. Se este obtiver êxito, todos comparecerão à festa; se fracassar, irão ao enterro; e, se não sobrar nem para enterrar, lerão a notícia com o prazer mórbido dos que acabaram de assistir à queda de alguém muito próximo.
(Aliás, o que é a amizade?)
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