A corporação dos novos Pilatos.
E o pior é que, quando se descobre o caso, é tarde, nada acontece. Se tanto, demitem um, dois, mas o que se roubou não se devolve. E aumenta a lista de casos de impunidade premiada, o que reforça a cultura de que ser mau caráter, ser safado, é o que vale.
Explica pra mim: num mundo desses, vale a pena ser honesto? Dá para pedir a alguém que seja honesto? Como um pai explica ao filho que ele não tem tudo na vida porque é honesto, o filho do vizinho tem tudo e muito mais porque ele e seu pai são ladrões, e que ser honesto é melhor do que ser ladrão? Como vai um filho acreditar em seu pai se a situação é essa?
Pode perceber: está cada vez mais difícil você ver gente que apóia efetivamente o lado certo. A maioria diz “eu não me envolvo nessas coisas, eu não tomo partido”, mas, quando pode, fica do lado dos safados, calado, e larga os honestos reclamões falando sozinhos. Posa de santo dos dois lados - como se fosse possível. Eis o ponto: à maioria interessa ficar bem de qualquer jeito e, para tal, mesmo que “no discurso” não apóie, na prática não é contra, está sempre lá, conivente ao lado da safadeza... Certamente esperando sua chance chegar, como fez a tal “secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial”, com "seu" cartão corporativo.
É foda.
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