segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Prevenção ou repressão?

Sempre que se discute a criminalidade, a violência, a impunidade, aparecem aqueles que pedem uma punição para os criminosos e, invariavelmente, na seqüência, surgem outros para dizer "ah, não é bem assim, não se combate a violência com a punição, mas sim com a prevenção, e blá-blá-blá". Dá nojo.

Gente que pensa assim, ou é imbecil, ou está mal intencionada. Não se substitui prevenção por repressão, nem vice-versa. Ponto.

Ações preventivas e investimento em Educação - coisas de que essa gente só se lembra quando é para ganhar tempo diante das situações de revolta e emergência, sem fazer absolutamente nada - devem ser tomadas sempre, independentemente de haver violência, de ocorrer crime, ou não. Simples assim.

Já a repressão é uma ação corretiva e tem de ser tomada sempre que houver um ato violento, sempre que ocorrer um ato criminoso. E isso não tem absolutamente nada a ver com a prevenção que se fez ou não.

O criminoso tem de ser punido, o crime tem de ser reprimido e a lei tem de mudar para que isso seja possível e verdadeiro.

Aliás, toda essa gente que aparece nos momentos de crise dizendo que não se devem exigir mudanças nas leis quando se está sob o efeito da comoção, mas que se deve pensar nisso depois, de cabeça fria, sinceramente, para mim, merece ir para a cadeia, pois comete um crime muito maior: o da omissão. Essa gente que consegue manter a cabeça fria diante da morte de um garoto de seis anos que é arrastado até a morte por criminosos é pior que os assassinos: é fria e calculista, e não faz nada para que o mundo melhore, só posterga a repressão e tenta inferiorizá-la diante da prevenção que nunca fazem.

Prevenir, sim, sempre, através da Educação, da formação moral e da constituição de um bom caráter para cada cidadão. Isso é fundamental. Porém, urgente é instituir penas pesadas e mecanismos de repressão ao crime e punição dos criminosos, independente de sexo, idade, credo, profissão e condição sócio-econômica. Isso é Justiça.