quinta-feira, maio 18, 2006

Afinal quem é o maior bandido?

Não tenho essa dúvida. A meu ver, não há lógica em procurar o bandido maior, o bandido menor. Essa classificação do bandido numa escala de importância não faz sentido; aliás, ao bandido em si não cabe importância alguma. Criminoso não é importante.

Existem crimes maiores e crimes menores e, para cada crime, deveria existir (não existe) uma pena correspondente e de equivalente intensidade. Aí está a questão verdadeira em que a sociedade deveria concentrar-se.

Não se deve julgar o bandido, mas o crime que ele cometeu. Aplicar ao crime o julgamento, de acordo com a Lei, estipula-se a pena proporcional cabível, pela qual responde - sim - o bandido, o responsável pelo ato julgado.

Toda confusão está em não saber separar a pessoa do problema. Perde-se o foco necessário sobre o objeto de análise, por conseguinte, erra-se o julgamento.

Não é sobre a pessoa que comete o delito que se deve estabelecer o foco do julgamento. Ela é quem deve saber de si, mais ninguém; não necessita de, nem merece receber, tutela. Ela não é a vítima de seu ato criminoso. A vítima é - sempre - outra.

Quando se comete o erro de julgar a pessoa e não delito, fatalmente se tropeça na falácia de que o criminoso seria uma vítima. - o maior erro de qualquer julgamento, tornando-o injusto.

PS: não quero me contradizer com essa declaração, mas a coisa começa por ai... e para um bom entendedor poucas palavras bastam........